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"Senti meu coração incendiar..."

  • Foto do escritor: Gabriela Kettner
    Gabriela Kettner
  • 7 de mai.
  • 2 min de leitura

Quando comecei o curso de Medicina, o meu sonho era simplesmente ser Médica. Logo nos primeiros dias, vi alguns colegas já focados em áreas específicas, senti como se eles já estivessem um passo a frente. Eu mantive a calma. Queria viver esse sonho por completo, aberta a explorar todas as opções.


No primeiro ano, Anatomia e Fisiologia despertaram em mim um interesse particular pela Neurologia. É fascinante conhecer o funcionamento do corpo humano. Ainda penso que há muito para se descobrir nessa área. Cheguei a participar da Liga Acadêmica de Neurociências, da qual fui Vice-Presidente. E meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) foi dentro dessa área. Gostava muito de estudar esse assunto, mas a prática clínica não me trouxe empolgação. Percebi que talvez esse não seria o caminho que me faria feliz.


No segundo ano, tive um pequeno flerte com a Ginecologia, mas ainda não sentia que era a escolha certa. E até me senti frustrada por ainda não ter encontrado o meu caminho dentro da Medicina. Definir a Especialidade Médica que eu atuaria para o resto da vida era uma decisão sobre a felicidade. Mais do que uma escolha racional, ser feliz era o meu maior objetivo. Assim, entendi que o autoconhecimento seria a melhor forma de fazer a escolha certa.


No terceiro ano da faculdade, fui submetida a Cirurgia Refrativa a laser, para corrigir meu grau de astigmatismo e poder viver livre dos óculos. Comecei a usar óculos com 6 anos de idade. Eu já estava acostumada com eles, mas eles atrapalhavam em algumas atividades. Fiz a cirurgia por questão de praticidade, para não depender mais de um objeto. Depois da cirurgia, descobri que eu me escondia atrás dos óculos. Tirar eles foi como tirar uma máscara. Além de enxergar melhor, passei a me cuidar mais, a me sentir mais confiante e até a gostar mais de mim mesma. Que mágica foi essa?


Impactada com a transformação inesperada, desejei fazer isso pelas pessoas. Eu queria que todos pudessem sentir o que eu senti. Nesse momento me dediquei a conhecer mais a Oftalmologia. Como eu nunca tinha pensado nela? Afinal, frequentava as consultas anualmente desde os 6 anos de idade!


Passei a participar da Liga Acadêmica de Oftalmologia, frequentei Congressos da área e fiz estágios de férias para conhecer na prática como era o dia-a-dia de um Oftalmologista. Senti meu coração incendiar com as faíscas da empolgação. Esse era o caminho certo.


Em 2020, foi o meu primeiro ano na Residência Médica de Oftalmologia. Cada dia eu ia para o trabalho com o “frio na barriga” sobre o que eu iria aprender. Eu estava realizada. Finalmente tudo fazia sentido, eu precisava estar ali. Na primeira cirurgia, sentia que minhas mãos só estavam recordando movimentos que elas já conheciam. A Oftalmologia me escolheu, eu nasci pra ela. E ali eu tive a certeza disso.


Hoje, dia 7 de maio de 2025, comemoro mais um Dia do Oftalmologista. Sou muito grata pelo privilégio de poder viver o meu sonho todos os dias, e ser instrumento de transformação da vida das pessoas através da visão.

 
 
 

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